Sumário
O que é ESG
ESG é a sigla em inglês para environmental (ambiental), social (social) e governance (governança), três pilares com critérios para a garantia da sustentabilidade ambiental, da responsabilidade social e da boa governança por parte das empresas.
A agenda ESG propõe uma série de práticas para as corporações contornarem seus impactos negativos e impulsionarem os positivos (internamente, na sociedade e no meio ambiente).
A definição do que cada organização deve fazer para ser ESG varia de acordo com as suas características (ramo de atuação, produtos e serviços oferecidos e muito mais). Afinal, as empresas têm particularidades, demandas e relações com a sociedade e com o meio ambiente diferentes.
Confira a seguir de como surgiu o termo ESG, qual a relação dele os 17 Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS) e do que trata cada letra da sigla.
O termo ESG é relativamente recente e surgiu em 2004 de uma provocação do Secretário Geral das Nações Unidas, Kofi Annan, para que CEOs de empresas financeiras considerassem critérios ambientais, de governança e de sustentabilidade em suas análises para investimento.
A agenda ESG nasceu de uma demanda crescente nos últimos anos de uma sociedade sustentável, que amenize os danos das suas operações no meio ambiente e na sociedade como um todo.
Desde 2004, o ESG tem ganhado notoriedade, principalmente entre as grandes médias corporações em busca de investimento, já que ter uma agenda de compromissos com os aspectos ambientais, sociais e de governança é um fator considerado pelos grandes investidores para aportar recursos.
Os resultados ESG também aparecem entre as prioridades dos investidores para os negócios: governança corporativa eficaz está em terceiro lugar (54%), segurança e privacidade de dados ocupam o quarto (53%), e a redução das emissões de gases de efeito estufa (41%) completa os cinco primeiros.
Fonte: Pesquisa Global com Investidores de 2022 da PwC
Vale ressaltar que as preocupações com questões ESG já eram conhecidas no mercado por outros nomes (como sustentabilidade corporativa, responsabilidade social empresarial ou apenas sustentabilidade, por exemplo), em movimentos que reivindicavam que as empresas se atentassem aos impactos da sua operação no planeta, nas pessoas e nas instituições.
Em 2015, quase uma década após o surgimento do termo ESG, nasceram os 17 ODS (Objetivos do Desenvolvimento Sustentável), que são as metas globais para 2030, estabelecidas pelas Nações Unidas, para alcançar uma sociedade sustentável, justa e igualitária.
Mesmo emergindo em anos diferentes, os ODS e o ESG convergem para propósitos comuns, já que, ao seguir as diretrizes da agenda ESG, as empresas também contribuem de forma significativa para alcançar os objetivos estabelecidos pelos 17 ODS.
Um documento que relaciona a agenda ESG com os 17 ODS é a ABNT PR 2030 – Prática recomendada da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) que propõe bases técnicas para cumprimento dos critérios ESG pelas empresas.
Mas o que significa de fato cada letra do ESG e porque ele é tão importante? Veja as respostas a seguir.
O E do ESG diz respeito ao pilar ambiental (environmental) e abrange a forma como as organizações interagem com os recursos naturais e com o meio ambiente (emissões de carbono, formas de geração e consumo de energia, gestão da poluição e do lixo, extração de matéria prima da natureza e muito mais).
Identifique, verifique e monitore todos os requisitos legais ambientais aplicáveis ao seu negócio!
Confira alguns temas relevantes para o eixo Ambiental do ESG:
Para saber mais: A tradução de environmental (o E do ESG) é ambiental, o que faz com que muitas empresas usem o termo ASG.
O S do ESG diz respeito a dimensão social e engloba as relações das organizações com seus stakeholders, ou seja, todo o público interessado e impactado por elas (interna e externamente).
O eixo social abrange uma variedade de práticas que visam promover relações éticas e impacto positivo nas pessoas. Isso inclui:
Em resumo, essa dimensão destaca o comprometimento da empresa com práticas sociais responsáveis, visando não apenas o sucesso financeiro, mas também o impacto positivo nas pessoas e comunidades envolvidas.
Confira temas relevantes para o Eixo Social do ESG:
O G do ESG é a governança e se refere a como uma instituição é dirigida e organizada. Em outras palavras, é o sistema operacional da organização, responsável por criar condições e mecanismos para que ela seja gerida de maneira ética, transparente e responsável.
Na governança, analisam-se aspectos como a estrutura de liderança, a composição do conselho de administração, a transparência nas operações e a prestação de contas a acionistas e outras partes interessadas.
Um sistema de governança sólido contribui para a garantia da integridade da sustentabilidade a longo prazo para a empresa, promovendo a confiança dos investidores e a eficácia na tomada de decisões.
Confira temas relevantes para o Eixo Governança do ESG:
A adesão consciente à agenda ESG por parte de uma organização não apenas a fortalece no cenário empresarial, mas também a posiciona como um agente ativo na promoção de mudanças positivas em nível local, regional e global.
O ESG trata-se de uma abordagem estratégica que transcende as fronteiras do negócio, impactando beneficamente a sociedade e o meio ambiente, o que contribui para um mundo mais justo e sustentável.
Empresas do mundo inteiro têm ampliado sua atenção à relevância do ESG e reconhecido a importância de adotar práticas responsáveis, especialmente quando são levados em consideração eventos recentes e suas consequências, como a intensificação das mudanças climáticas e dos desastres naturais – muitos deles com origem nas próprias ações corporativas.
Inclusive, o aumento da conscientização por parte das empresas mostra que elas mesmas entendem que desempenham um papel significativo nos desafios sociais e ambientais enfrentados pelo planeta e que atitudes responsáveis podem trazer até retornos financeiros.
No caso da pandemia da Covid-19, ser ESG e assumir compromissos com a agenda foi sinônimo, por exemplo, de redução e controle de danos, principalmente entre empresas com uma governança mais robusta. Estudo realizado pela UFRJ e Universidade de Columbia apontam que as empresas aderentes às práticas ESG conseguiram ser mais resilientes ou ter perdas menos expressivas neste período atípico, do que àquelas empresas não aderentes. (Saiba mais na Pesquisa da UFRJ e da Universidade de Columbia)
Além disso, os consumidores já estão conseguindo perceber a relação das empresas com os impactos na sociedade e considerado isso ao consumir e se relacionar com as marcas, o que torna a atenção aos critérios ESG fundamental para as estratégias de negócio.
Entre os brasileiros, 62% afirmam que já boicotaram marcas ou empresas por pelo menos um dos seguintes motivos: violações a direitos trabalhistas; testes ou maltrato a animais; crimes ambientais; discriminação de qualquer tipo, ou posicionamento político.
Fonte: CNI – Confederação Nacional da Indústria.
De forma resumida, ser ESG é importante para uma empresa que deseja mitigar riscos (em suas variadas esferas), repor danos, nutrir um bom relacionamento com seus stakeholders e se manter interessante para o mercado consumidor.
Redação: Gabriel Campos Cunha: Advogado, consultor em ESG.
Edição e revisão: Breno Benevides, Analista de Comunicação e Marketing.
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